Maria Christina Lima Corrêa da Rocha é o nome de batismo da jornalista e
apresentadora Christina Rocha. Nascida no Rio de Janeiro, ficou
conhecida pelo público com o programa O Povo na TV, que estreou nos anos
80 na TVS (emissora que, tempos depois, foi batizada como SBT). Foi
repórter do Viva a Noite, jurada do Show de Calouros, teve um programa
com seu nome, o Alô Christina, e nunca parou de trabvalhar. Em maio de
2009, assumiu o comando do Casos de Família e agora grava o Quem
Convence Ganha, também no SBT.
Em conversa com O Fuxico,
Christina falou sobre a nova atração, sobre suas recentes férias em
Cancun, no México e as coisas que curte assistir na TV.
O Fuxico: Como vai ser o Quem Convence Ganha?
Christina
Rocha: Olha, quando eu fiz piloto do Casos de Família, fiz um desse
também. Eu digo que esse é o primo nobre, refinado do Casos, pois são
bem semelhantes. O que difere é que neste, vamos conversar com uma
família por vez, teremos um juri e a plateia também vai votar em quem
convencer sobre seu lado da história. E o ganhador receberá R$ 1 mil e
os demais, R$ 500. No quem Convence há um cenário muito bonito, ele
mais show.
OF: Como será formado esse júri?
CR:
Será formado por três personalidades conhecidas do público. Cada semana
teremos um trio, não será fixo. Eu vou interagir menos nos casos, pois
teremos o público e o júri falando. No mais, a direção é a mesma, a
equipe também.
OF: Cada programa trará apenas um caso?
CR: Não, não, cada um trará 2 famílias.
OF: O Casos de Família nao paga nada às famílias?
CR: Paga sim. Cada participante leva R$ 80.
OF: Por que as pessoas chegam a ponto de procurar programa de TV?
CR:
Olha, eles vão mesmo lavar roupa suja. Costumo dizer que essas pessoas
moram em lugares com 15 , 20 vivendo no mesmo barraco, sem privacidade.
As pessoas questionam 'como tem coragem?'Coragem? A vida deles já é um
reality show. Imagina para eles, ir na TV, ganhar um dinheirinho ara
ajudar no dia de serviço perdido, além de fazer um cabelo bonito, uma
maquiagem bonita e ainda aparecem e ficam famosos na comunidade. Quem
não gostaria? Para eles, isso é uma maravilha, em vista da vida que
levam. Muita gente não acha natural falar que apanha do marido, por
exemplo> Para as pessoas que vão ao programa, isso é um assunto
aberto, eles já estão acostumados a falar. Eles não tem nada a perder,
ficam até vaidosos.
OF: O Casos sai do ar para entrar o Quem convence?
CR: Na verdade, Casos entra em férias e volta em março, com inéditos.
OF: Você acaba se envolvendo nos casos que aparecem?
CR:
Às vezes sim. Principalmente nos que o marido machão bate na mulher. O
que me irrita é agressão do homem para a mulher. Então me envolvo, dou
opinião. Mas depois que o programa acaba, já foi, vou pra minha casa e
não fico remoendo nada. É o profissionalismo, você faz o programa e
depois sai do caso.
OF: Quando estreia o Quem Convence Ganha?
CR: No próximo dia 21, às 5h da tarde.
OF: Você gostaria que um deles fosse ao vivo?
CR:
Adoraria (risos). Na verdade, eu gostaria que o Casos de Família
permanecesse diário, no horário que está e o Quem Ganha poderia vir uma
vez por semana a noite, sabe. Gostaria muito que fosse assim, quem sabe?
OF: Por que?
CR:
Gostaria que fosse ao vivo, porque inclusive a briga com Ibope seria
melhor.No gravado, os demais canais chegam a não colocar comercial, vão
direto, só para manter. Esse é o lado difícil do gravado. O positivo do
ao vivo seria brigar pela audiência. E mesmo gravado, com longas
propagandas e tudo mais, a gente fechou 2012 na vice-liderança, o que
nos faz vitoriosos. É perfeitamente entendível que os assuntos factuais,
como as enchentes, se houve morte de policiais, etc, sejam importantes e
as pessoas migrem de canal para ver, pois têm filho na rua, marido,
parente, um amigo. É importante saber isso. Mas mesmo com essa migração,
as pessoas depois voltam para o canal e nossa audiência permanece
bacana.
OF: Você chega a saber se os casos se resolvem depois de verdade?
CR:
Na verdade o programa não propõe uma resolução, sabe? A gente só mostra
a realidade. É bom pra quem está assistindo se precaver, saber que não
está sozinha e outros estão passando a mesma coisa, ter atenção para não
cair na mesma historia. A gente da toques para a pessoa, por exemplo,
se um namorado aparece só de 15 em 15 dias, a gente já deixa a namorada
em alerta de que está havendo algo errado. São pequenas cenas da vida
real que a gente mostra, pois sabemos que do outro lado da telinha tem
gente na mesma situação achando que está só. Agora, se o caso muda
depois, se as pessoas tomam outro rumo, daí não sabemos. Cada um sabe da
sua vida. A gente faz o papel de alertar. Somos os analistas dos menos
favorecidos. Esse programa para mim é um grande laboratório, onde
brinco, falo coisas sérias...
OF: Você se identifica com alguns casos?
CR:
Não chego a me identificar, mas uso algumas coisas da minha vida para
ajudar. Fico mais zangada com mal tratos, dou exemplos de coisas da
vida, de coisas que vivi com meus irmãos, em casos assim, sabe? Mas não
me identifico com os assuntos não.
OF: O que você acha que está faltando na TV?
CR:
Olha, com essa pergunta eu fico pensando no Ibope, nessa coisa doida.
Por exemplo, a novela Avenida Brasil só tinha gente ruim, maldades e era
sucesso total. Já a nova, todo mundo critica. São segredos que nem a TV
vai descobrir. Tem coisas que a gente pensa que vai bombar e nada
acontece. Outras bombam e a gente nem esperava. Se o povão gosta,
ninguém mexe, se não gosta, não tem jeito.
OF: O que falta para o Brasil ir pra frente?
CR:
Primeiro os políticos. Ora, a gente vê o cara que foi condenado à
prisão assumir cargo na câmara. Uma coisa horrorosa, de uma seriedade
tremenda. O povo precisa abrir mais os olhos. O cara vira um rei, um
deus e as pessoas não enxergam isso. O brasileiro precisa brigar mais e
ser mais politizado, parar de baixar tanto a cabeça.
OF: O que você mais gosta de ver na TV?
CR:
Ah, sou noveleira (risos). Gosto, na TV paga, de programas do Animal
Planet, Discovery Channel, National Geografic. Adoro. Já na aberta,
todos os telejornais eu acompanho, além das novelas e dos programas do
SBT que vejo de gosto mesmo.
OF: Como está seu contrato com o SBT?
CR: Está bem (risos). Renovei, está tudo certo, sem nenhum problema.
OF: Quantos anos já de SBT?
CR:
Minha filha, dá até vergonha de dizer (risos) sou a mais antiga.
Inaugurei a casa em 1981. E olha, é tão bom estar lá, adoro, sem
demagogia. Sinto uma grande alegria de ver que tem câmeras que começaram
comigo, pessoas que cresceram, tem um rapaz que foi boy e hoje está no
marketing da empresa. É minha segunda casa, por mais que digam que sou
puxa saco, não é verdade. Sou feliz aqui. Já saí, fiquei de 2002 a 2008
fora, voltei com a maior alegria. Quero terminar minha vida lá. As
pessoas te valorizam lá. Amo a emissora e todas as pessoas que estão lá.
É muito difícil sair, não tenho.
OF: Você acredita que leva o Troféu Imprensa?
CR:
Olha só menina, meu fã clube me contou que minha votação está indo bem
(risos). Quem tem fã clube tem tudo (risos). Vamos ver, não sei, eles me
disseram que fui indicada na categoria de Melhor Apresentadora. Vamos
ver!
OF: Você acaba de chegar de Cancun. Como foram as férias?
CR:
Uma delícia. Aquele lugar é lindo demais, todo mundo tem que conhecer.
Ali me sinto tão bem, em paz, uma coisa de Deus mesmo. Recarreguei as
energias e agora, bora trabalhar! E também batalhar para manter o
bronzeado (risos), senão volto a ficar bem branquinha.
Fonte: OFuxico