quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Caso PanAmericano: Sandoval e Guilherme Stoliar estão impedidos de atuar no sistema fiinanceiro por 20 anos

Os principais executivos e conselheiros do banco PanAmericano não poderão exercer atividades no Sistema Financeiro Nacional por até 20 anos, segundo decisão sigilosa do Banco Central divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira. De acordo com a publicação, eles seriam responsáveis ou omissos pelo rombo de R$ 4,3 bilhões no banco que fazia parte do Grupo Silvio Santos.O ex-presidente Rafael Palladino e o ex-diretor financeiro Wilson de Aro não devem atuar no setor por 20 anos, enquanto outros diretores seriam afastados por 15 anos, conforme o jornal. O sobrinho de Silvio Santos e diretor do SBT, Guilherme Stoliar, e o presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sandoval, também serão impedidos de atuar no mercado financeiro por oito anos. Eles ainda podem recorrer da decisão.

O PanAmericano anunciou em 9 de novembro de 2010 que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo Banco Central. A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões.

Em 31 de janeiro, o BTG Pactual anunciou a compra do controle do PanAmericano por R$ 450 milhões. O BTG acertou a aquisição da totalidade da participação do Grupo Silvio Santos no PanAmericano, assumindo 51% das ações ordinárias do banco e quase 22% das preferenciais, representativas de 37,6% do capital total. Após a reunião que selou o negócio, o apresentador e empresário Silvio Santos se mostrou aliviado. "Agora, estou livre. A televisão que alguém queria comprar não está mais à venda", afirmou o empresário.

Fonte: Portal Terra

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