
O comércio está nas veias de Silvio Santos desde os seus tempos de camelô, muito antes de ele fundar o SBT. Não é de se estranhar, portanto, que o apresentador tenha voltado a virar garoto-propaganda após a venda do Baú da Felicidade (em que clientes pagavam mensalmente carnês para concorrer a prêmios na TV) à rede Magazine Luiza. No domingo, Silvio anunciou, em seu programa, que queimaria o estoque dos produtos restantes do Baú em um saldão, que começaria na manhã de segunda, no antigo estúdio do SBT, na Rua Ataliba Leonel 1772, Carandiru. E a lábia do vendedor veterano funcionou.
Foi o que o DIÁRIO conferiu ao visitar a queima de estoque nesta terça-feira. "Silvio Santos está muito feliz com as vendas. Toda noite, ele vai anunciar na TV o que entrará em promoção no dia seguinte. Ainda teremos saldão de sofás, aguardem", anunciava uma vendedora vestida de palhaço aos clientes.
Sim, é exatamente neste clima de auditório, com animadores e bexigas coloridas, que as negociações acontecem na liquidação. Segundo o vendedor Danilo, uma fila quilométrica se formou anteontem, na porta da loja. Nesta terça (8), durante a visita do DIÁRIO, o público era menor, mas ainda empolgado com as ofertas e encantado com as "atrações". Era o caso de Natalina de Souza Santos, que esteve nos dois dias de saldão. "Na segunda, cheguei às 15h aqui. Era um tumulto. Só consegui entrar às 19h e sair da loja às 22h", contou a dona de casa, que aproveitou para levar vários produtos em oferta: ferro de passar, ventiladores e secador de cabelo. Seu lado tiete, entretanto, não se apagou. "O Silvio não merecia a perda do Baú. Ele ajudou muita gente e só passa alegria para os telespectadores", lamentou Natalina. "Tenho certeza de que ele vai conseguir muito mais agora."
Já o cobrador de ônibus Leonardo Carvalho nem viu Silvio na TV: decidiu levar a mãe, Maria de Lourdes, às compras depois de conferir a movimentação na porta da loja. "Os passageiros me avisaram que os preços estavam bons. Compramos sofá, faqueiro, câmera digital, grill e até celular."
Fonte: Diário de São Paulo
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