segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Christina Rocha fala sobre "Quem Convence" e diz: "Adoraria brigar por IBOPE ao vivo"

Maria Christina Lima Corrêa da Rocha é o nome de batismo da jornalista e apresentadora Christina Rocha. Nascida no Rio de Janeiro, ficou conhecida pelo público com o programa O Povo na TV, que estreou nos anos 80 na TVS (emissora que, tempos depois, foi batizada como SBT). Foi repórter do Viva a Noite, jurada do Show de Calouros, teve um programa com seu nome, o Alô Christina, e nunca parou de trabvalhar. Em maio de 2009, assumiu o comando do Casos de Família e agora grava o Quem Convence Ganha, também no SBT.

Em conversa com O Fuxico, Christina falou sobre a nova atração, sobre suas recentes férias em Cancun, no México e as coisas que curte assistir na TV.

O Fuxico: Como vai ser o Quem Convence Ganha?
Christina Rocha: Olha, quando eu fiz piloto do Casos de Família, fiz um desse também. Eu digo que esse é o primo nobre, refinado do Casos, pois são bem semelhantes. O que difere é que neste, vamos conversar com uma família por vez, teremos um juri e a plateia também vai votar em quem convencer sobre seu lado da história. E o ganhador receberá R$ 1 mil e os demais, R$ 500.  No quem Convence há um cenário muito bonito, ele mais show.

OF: Como será formado esse júri?
CR: Será formado por três personalidades conhecidas do público. Cada semana teremos um trio, não será fixo. Eu vou interagir menos nos casos, pois teremos o público e o júri falando. No mais, a direção é a mesma, a equipe também.

OF: Cada programa trará apenas um caso?
CR: Não, não, cada um trará 2 famílias.

OF: O Casos de Família nao paga nada às famílias?
CR: Paga sim. Cada participante leva R$ 80.

OF: Por que as pessoas chegam a ponto de procurar programa de TV?
CR: Olha, eles vão mesmo lavar roupa suja. Costumo dizer que essas pessoas moram em lugares com 15 , 20 vivendo no mesmo barraco, sem privacidade.  As pessoas questionam 'como tem coragem?'Coragem? A vida deles já é um reality show. Imagina para eles, ir na TV, ganhar um dinheirinho ara ajudar no dia de serviço perdido, além de fazer um cabelo bonito, uma maquiagem bonita e ainda aparecem e ficam famosos na comunidade. Quem não gostaria? Para eles, isso é uma maravilha, em vista da vida que levam.  Muita gente não acha natural falar que apanha do marido, por exemplo> Para as pessoas que vão ao programa, isso é um assunto aberto, eles já estão acostumados a falar. Eles não tem nada a perder, ficam até vaidosos.

OF: O Casos sai do ar para entrar o Quem convence?
CR: Na verdade, Casos entra em férias e volta em março, com inéditos.

OF: Você acaba se envolvendo nos casos que aparecem?
CR: Às vezes sim. Principalmente nos que o marido machão bate na mulher. O que me irrita é agressão do homem para a mulher. Então me envolvo, dou opinião. Mas depois que o programa acaba, já foi, vou pra minha casa e não fico remoendo nada. É o profissionalismo, você faz o programa e depois sai do caso.

OF: Quando estreia o Quem Convence Ganha?
CR: No próximo dia 21, às 5h da tarde.

OF: Você gostaria que um deles fosse ao vivo?
CR: Adoraria (risos). Na verdade, eu gostaria que o Casos de Família permanecesse diário, no horário que está e o Quem Ganha poderia vir uma vez por semana a noite, sabe. Gostaria muito que fosse assim, quem sabe?

OF: Por que?
CR: Gostaria que fosse ao vivo, porque inclusive a briga com Ibope seria melhor.No gravado, os demais canais chegam a não colocar comercial, vão direto, só para manter. Esse é o lado difícil do gravado. O positivo do ao vivo seria brigar pela audiência. E mesmo gravado, com longas propagandas e tudo mais, a gente fechou 2012 na vice-liderança, o que nos faz vitoriosos. É perfeitamente entendível que os assuntos factuais, como as enchentes, se houve morte de policiais, etc, sejam importantes e as pessoas migrem de canal para ver, pois têm filho na rua, marido, parente, um amigo. É importante saber isso. Mas mesmo com essa migração, as pessoas depois voltam para o canal e nossa audiência permanece bacana.

OF: Você chega a saber se os casos se resolvem depois de verdade?
CR: Na verdade o programa não propõe uma resolução, sabe? A gente só mostra a realidade. É bom pra quem está assistindo se precaver, saber que não está sozinha e outros estão passando a mesma coisa, ter atenção para não cair na mesma historia. A gente da toques para a pessoa, por exemplo, se um namorado aparece só de 15 em 15 dias, a gente já deixa a namorada em alerta de que está havendo algo errado. São pequenas cenas da vida real que a gente mostra, pois sabemos que do outro lado da telinha tem gente na mesma situação achando que está só. Agora, se o caso muda depois, se as pessoas tomam outro rumo, daí não sabemos. Cada um sabe da sua vida. A gente faz o papel de alertar. Somos os analistas dos menos favorecidos. Esse programa para mim é um grande laboratório, onde brinco, falo coisas sérias...

OF: Você se identifica com alguns casos?
CR: Não chego a me identificar, mas uso algumas coisas da minha vida para ajudar. Fico mais zangada com mal tratos, dou exemplos de coisas da vida, de coisas que vivi com meus irmãos, em casos assim, sabe? Mas não me identifico com os assuntos não.

OF: O que você acha que está faltando na TV?
CR: Olha, com essa pergunta eu fico pensando no Ibope, nessa coisa doida. Por exemplo, a novela Avenida Brasil só tinha gente ruim, maldades e era sucesso total. Já a nova, todo mundo critica. São segredos que nem a TV vai descobrir. Tem coisas que a gente pensa que vai bombar e nada acontece. Outras bombam e a gente nem esperava. Se o povão gosta, ninguém mexe, se não gosta, não tem jeito.

OF:  O que falta para o Brasil ir pra frente?
CR: Primeiro os políticos. Ora, a gente vê o cara que foi condenado à prisão assumir cargo na câmara. Uma coisa horrorosa, de uma  seriedade tremenda. O povo precisa abrir mais os olhos. O cara vira um rei, um deus e as pessoas não enxergam isso. O brasileiro precisa brigar mais e ser mais politizado, parar de baixar tanto a cabeça.

OF: O que você mais gosta de ver na TV?
CR: Ah, sou noveleira (risos). Gosto, na TV paga, de programas do Animal Planet, Discovery Channel, National Geografic. Adoro. Já na aberta, todos os telejornais eu acompanho, além das novelas e dos programas do SBT que vejo de gosto mesmo.

OF: Como está seu contrato com o SBT?
CR: Está bem (risos). Renovei, está tudo certo, sem nenhum problema.

OF: Quantos anos já de SBT?
CR: Minha filha, dá até vergonha de dizer (risos) sou a mais antiga. Inaugurei a casa em 1981. E olha, é tão bom estar lá, adoro, sem demagogia. Sinto uma grande alegria de ver que tem câmeras que começaram comigo, pessoas que cresceram, tem um rapaz que foi boy e hoje está no marketing da empresa. É minha segunda casa, por mais que digam que sou puxa saco, não é verdade. Sou feliz aqui. Já saí, fiquei de 2002 a 2008 fora, voltei com a maior alegria. Quero terminar minha vida lá. As pessoas te valorizam lá. Amo a emissora e todas as pessoas que estão lá. É muito difícil sair, não tenho.

OF: Você acredita que leva o Troféu Imprensa?
CR: Olha só menina, meu fã clube me contou que minha votação está indo bem (risos). Quem tem fã clube tem tudo (risos). Vamos ver, não sei, eles me disseram que fui indicada na categoria de Melhor Apresentadora. Vamos ver!

OF: Você acaba de chegar de Cancun. Como foram as férias?
CR: Uma delícia. Aquele lugar é lindo demais, todo mundo tem que conhecer. Ali me sinto tão bem, em paz, uma coisa de Deus mesmo. Recarreguei as energias e agora, bora trabalhar! E também batalhar para manter o bronzeado (risos), senão volto a ficar bem branquinha.

Fonte: OFuxico

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