segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ministério da Justiça e audiência perdoam fumo em Chaves

Sim, há nicotina circulando pelo seriado mexicano Chaves. E daí? Se hoje só se permite cigarro em novela ou série quando o personagem é do mal e o usa de drogas lícitas pesa na classificação indicativa, isso não entra em jogo no Chaves, que tem selo L (livre para todas as idades).

De alto apelo infantil, o programa jamais foi alvo de queixas no Departamento de Classificação Indicativa (Dejus), do Ministério da Justiça (MJ) sobre os charutos do professor Girafales ou o cigarrinho do Seu Madruga. "O seriado tem um nível fantasioso e a questão do fumo não é central, não há estímulo ao fumo", alega João Amurim, do MJ.

O Dejus sustenta que o fato de ter sido produzido há décadas, sob outro contexto e realidade cultural, também pesa a favor do selo L. E compara o caso ao cachimbo do Saci Pererê. Já o SBT cita o cachimbo de Popeye e defende que não há mau exemplo em cena. "O fato de um conteúdo apresentar o consumo moderado de cigarros/charutos/bebidas, em situações sociais" é "irrelevante" para a compreensão da trama faz com que seja absolutamente admitido nos critérios da nova c1assificação indicativa", justifica a emissora, via assessoria de imprensa.

"Pelo prisma histórico, considerando que Chaves foi produzida em meados dos anos 70, com personagens de caricaturas fortes, próprias de uma outra época e de uma realidade imaginária, conclui-se que a caricatura do Prof. Girafales não teria força de induzir crianças ao consumo de charutos."

Fonte: Cristina Padiglione (Sem Intervalo - Estadão)

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