Ela é jornalista, mãe, apresentadora, avó. Marília Gabriela também ocupa, há mais de três décadas, o posto de maior entrevistadora do Brasil, e quer mais. Com um currículo invejável, ela busca agora histórias de vida aonde ninguém buscaria: no vizinho do lado, que mesmo sem ser celebridade (no sentido mais instantâneo da palavra) revoluciona com seus gestos a realidade em que está inserido.
Confira a entrevista exclusiva de Marília Gabriela ao Portal Comunique-se.
Confira a entrevista exclusiva de Marília Gabriela ao Portal Comunique-se.
Por que entrevistas com pessoas desconhecidas do grande público?
Eu entrevistei tanta gente, grandes medalhões, continuo entrevistando medalhões, mas eu hoje sei que qualquer pessoa bem explorada pode render uma boa história.
Teve alguma entrevista que você considera especial?
Não. Eu entrevisto pessoas formidáveis todos os dias. Houve uma época em que eu perseguia grandes nomes, o que é interessante para currículo. Mas a essa altura do campeonato, cheguei à conclusão de que talvez a melhor história esteja no seu vizinho, no cara no próximo quarteirão. Todo mundo bem explorado tem uma boa história para contar. E é por isso que, no novo programa (edição de quarta-feira do de ‘De Frente com Gabi’), eu quero ter, fundamentalmente, pessoas desconhecidas do grande público, mas com histórias estimulantes, gente que fez da sua vida alguma coisa de importante, empreendedores sociais, gente que fez diferença.
Em algum momento da carreira você se cansou da função de entrevistadora?
Faço jornalismo depois de 40 anos como se fosse o primeiro dia, no sentido de que eu faço perguntas até hoje com a legítima curiosidade da minha primeira juventude; primeiramente, faço perguntas para conseguir respostas para mim.
Sem medo, quais as qualidades um jornalista consegue ter?
Tem mobilidade, tem a agressividade, no melhor sentido, claro. Estou dizendo no sentido da criatividade, a agressividade necessária para criar. E depois, coragem, como me disse uma vez Ulysses Guimarães (político brasileiro morto aos 76 anos, em 1992; presidente da Câmara dos Deputados na época da criação da atual Constituição Federal), é a melhor qualidade do ser humano. Então, é isso: ouse, não se envergonhe, tenha coragem e principalmente, não se confunda.
Com 40 anos de experiência na área, o que você diria para os jornalistas mais novos?
A única coisa que eu posso dizer é que entregue-se, ouse, abuse. Abuse da ousadia, não tenha medo. O medo é paralisador em qualquer situação da vida, principalmente quando você encara uma profissão como a de jornalista; não ter medo é fundamental.
Fonte: Comunique-se
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