Acolhida pelo público desde criança, foi um choque quando, ao trocar o México pelos Estados Unidos, se deu conta de que, ali, não era ninguém. "Eu me sentia deslocada", disse ela à Folha.
"Era como estar fora de lugar em uma relação, em um ambiente de trabalho ou mesmo dentro de sua própria geração", explica.
A decisão foi tomada em uma segunda reviravolta em sua carreira. A primeira ocorreu ao descobrir que se sentia mais feliz como cantora do que atuando. Dessa revelação, nasceu o disco "Mediocre", de 2008.
O trabalho, uma boa mistura de rock e jazz em músicas interpretadas em espanhol, obteve repercussão restrita ao circuito indie.
Para transpor fronteiras, Ximena radicalizou. Decidiu que seu segundo CD seria cantado em inglês e voltou a morar nos EUA, onde passou parte da infância ao lado dos pais, o produtor e diretor Fernando Sariñana e a roteirista Carolina Rivera.
Para fechar o pacote de marketing, as faixas tiveram produção de bambas como Diplo e David Sitek (da banda TV on the Radio).
"Tinha muita vontade de fazer um disco dançante, com influências de bandas de
rock e eletrônica que gosto de ouvir", diz. "Também queria experimentar mais com a produção, com os instrumentos. Buscar novos sons."
A investida surtiu efeito e publicações como o jornal "The New York Times" e as revistas "Time Out" e "Rolling Stones" a colocaram entre as revelações musicais de 2011 pelo lançamento do álbum que leva o seu nome.
Entre suas influências, Ximena destaca ainda a música brasileira. "É uma cultura que me fascina", fala.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário