domingo, 6 de maio de 2012

Estado de Minas: Cante se Puder tem apresentadores perfeitamente ajustados

Cantar já não é para qualquer um. Soltar a voz em meio a um rol de desafios, que devem ser executados enquanto a cantoria rola, aí sim, está o mote do Cante se puder, programa de entretenimento que o SBT/Alterosa leva ao ar às quartas-feiras, às 22h30. No comando da atração, os apresentadores Patrícia Abravanel, filha de Sílvio Santos, e o humorista Márcio Ballas. A atração vem se dando bem e e agradando aos telespectadores.

Cante se puder, como boa parte dos programas brasileiros em cena, tem formato de atrações internacionais. No caso, trata-se de um game show inglês Sing if you can. Cante se puder estreou, na emissora paulista em 18 de fevereiro deste ano, depois de uma pré-estreia um mês antes no Domingo legal, do mesmo canal. Não houve – e não há – dúvidas de que se tem uma coisa que o telespectador curte é ver gente pagando mico. Muitas vezes, nem importa se de gosto duvidoso. Apelação, participantes em situações limites e, especialmente, constrangedora também atraem, não dá para negar. Mas, geralmente, cansam logo.

Em Cante se puder, já passou participante famoso ou do tipo sub-celebridade que teve que tentar interpretar uma música enquanto botava o pé em minhocas. Pior foi manter a pose entre ratos e baratas e por aí vai. Os apresentadores tentam aumentar o grau de dificuldades com suas palavras (de incentivo?) e a plateia delira quando o resultado vai ficando cada vez mais complicado para o... participante, é claro.

Vale dizer que nestes quase três meses de atração, o que mais chama a atenção é exatamente a dupla de apresentadores. De início, sugeria uma parceria das mais improváveis. Patrícia Abravanel tem aquele jeito espontâneo, de quem tem a certeza de que está no caminho certo e escolhido, sem pressão, por ela mesma. Já o humorista Márcio Ballas parecia meio travado no começo. Até as tiradas saíam um tanto forçadas. Dava a impressão de estar fora do seu lugar.

Hoje, não. Estão perfeitamente ajustados. Patrícia circula como se estivesse em um tremendo parque de diversões e Ballas faz um contraponto na medida, conjugando aquele seu ar de "conspirador" e a cumplicidade irrestrita com a colega de palco. A dupla pegou.

Outro bom momento de Cante se puder tem a ver com o corpo de jurados. É para eles que os times azul e vermelho se apresentam na tentativa de levar o prêmio. E, pelo menos, Lola Melnick e Nany People não economizam e se divertem a valer. Nahim entra no jogo, mas faz o tipo "mediador". Dá certo. Cante se puder é entretenimento puro, diversão no ponto para quem só está mesmo atrás disso.

Fonte: Simone Castro (Jornal Estado de Minas)

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