A morte da apresentadora Hebe Camargo ocorreu depois de ela ter piorado
muito há uma semana de um câncer, descoberto em 2010. Ela preferiu ficar
em casa em vez de enfrentar mais uma internação, segundo o oncologista
Sérgio Simon, um dos médicos que a acompanhava.
"O tumor piorou muito nos últimos três meses. Ela não conseguia mais se
alimentar, estava vivendo à base de soro. Há uma semana ficou pior, o
rim estava parando. Foi uma opção dela e da família ficar em casa", diz
Simon.
Hebe morreu em sua casa de uma parada cardíaca que ocorreu por causa das
complicações de um tumor no peritônio (membrana que envolve os órgãos
digestivos) que estava obstruindo o intestino, segundo Simon.
Ele afirma que, nas cirurgias pelas quais Hebe passou, não foi possível
retirar todo o tumor. Como a apresentadora não respondia mais à
quimioterapia, o tratamento foi suspenso pelos médicos.
O cirurgião oncológico e diretor do núcleo de tumores colorretais do
A.C. Camargo Samuel Aguiar Júnior, que não integrava a equipe de médicos
de Hebe, afirma que é comum que, em pacientes de idade avançada como
Hebe, nem todos os tumores sejam removidos para evitar uma cirurgia de
grande porte.
"É preciso ter cuidado para que o tratamento não seja pior que a doença."
Aguiar Júnior disse ainda que, em uma pessoa com a idade de Hebe, com um
tumor avançado e um histórico recente de cirurgias e tratamentos, um
problema cardiovascular é esperado.
HISTÓRICO
Hebe foi internada em janeiro de 2010 para remover nódulos do peritônio
(membrana que envolve os órgãos digestivos). Ela também fez tratamento
com químio.
Em março deste ano, ela voltou ao hospital Albert Einstein para fazer
uma cirurgia de emergência, já que o mesmo tumor estava obstruindo o
intestino. A quimioterapia foi recomendada, mas a apresentadora não
respondia mais ao tratamento.
Poucos meses depois, em junho, Hebe teve que ser operada novamente, dessa vez para a retirada da vesícula.
Fonte: Folha Online
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