
O que esperar do S.O.S. casamento?
Minha expectativa é que o público aceite bem e se interesse pelo programa porque todas as pessoas que se relacionam amorosamente têm problemas, vivem crises e fases ruins no casamento. Espero também que as pessoas, ao assistirem ao programa, possam se identificar com os conflitos que os casais vivem e que possam, com as orientações que eu dou, buscar caminhos e soluções para suas próprias crises e problemas.
Qual o primeiro passo para salvar um casamento desgastado?
Sair do papel de acusação e defesa e enfrentar o problema entendendo que geralmente ele é o resultado de uma dinâmica a dois. As pessoas ficam nesse negócio de dizer que a culpa é do outro e ninguém assume as responsabilidades. Eu acho que a primeira coisa é você enfrentar que você tem sua responsabilidade e o outro também. Esse é o primeiro passo, depois vem a negociação, analisar as dinâmicas que estão erradas, descobrir o que vamos fazer para melhorar a relação, como fazer, o que temos que fazer, isso tudo é parte do processo.
O que mais afasta os casais?
Um cotidiano muito ligado ao trabalho, e um cotidiano muito pesado, com muitos compromissos. Os casais que moram juntos têm muita coisa para fazer, as tarefas de casa, as compras, as contas. Tem uma outra questão que é a autonomia, o meu desejo, o meu querer, os meus amigos, o meu trabalho. Isso pode ser muito positivo para uma relação amorosa, uma pessoa não pode só viver o casamento. No entanto, se você só vive a autonomia, você não vive a dois. Os desejos de cada um podem ser muito positivos se preservados, mas podem ser negativos se o casal se esquece de viver em comum.
Você será uma espécie de “Supernanny de casais à beira de uma crise”? Como será sua participação em todo o processo?
Não. Uma coisa é trabalhar com criança, com quem você faz uma intervenção educativa, outra coisa é lidar com o sentimento do casal. Eu faço o papel de uma conciliadora, observo o casal e dou dicas de como eles podem melhorar. A babá tem o papel de educar as pessoas, é diferente de um adulto. Eu não posso ser comparada a uma pessoa que vai dar as diretrizes no sentido educativo. Eu vou trabalhar diante do que o casal me trouxer, é solto, não é uma coisa fixa. O processo é totalmente diferente do que acontecia em Supernanny. A gente não está na casa da pessoa. Embora seja um profissional ajudando um casal, é a única semelhança que há.
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