terça-feira, 28 de junho de 2011

SBT fará especial com 1 semana de depoimentos de ex-marido de Dilma

Em depoimento que será exibido na próxima semana ao final da novela "Amor e Revolução", do SBT, o ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, fala sobre a atuação dos dois no grupo VAR-Palmares e da convivência que mantém até hoje com a presidente. Os trechos do depoimento vão ao ar de 4 a 8 de julho. No trecho que será exibido na terça-feira, Araújo lembra da prisão de Dilma:

- A Dilma sente muito orgulho do que fez! Ela não ficou com sequelas. Felizmente. Ela entrou na cadeia nova e saiu nova.

Ele negou ela tenha participado de ações armadas do grupo de esquerda VAR-Palmares, da qual a presidente fez parte durante a ditadura militar.

- A Dilma não participou de ação nenhuma. Não existe nenhum processo. Ela não participou de nenhuma ação armada porque não era o setor dela. Ela atuava em outros setores. Nos orgulhamos do que fizemos, mas isso não quer dizer que somos desprovidos de uma visão crítica. Tínhamos uma visão idealista que entrava em choque com a realidade. Mas não renunciamos nada. Temos orgulho do que fizemos. Mesmo agindo incorretamente, às vezes - disse Araújo, que é pai da única filha de Dilma, Paula Rousseff.

O ex-marido da presidente diz que o companheirismo entre os dois persiste até hoje e lembra do tempo em que os dois atuavam na luta armada:

- Formamos uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), e praticávamos ações de desapropriação de bancos. Buscávamos dinheiro no banco para comprar armas. Também fizemos algumas ações em quartéis para pegar armas. Praticamos ações sociais também: pegávamos caminhões de carne na baixada fluminense e distribuíamos em favelas.

No depoimento, o ex-marido de Dilma relembra o roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros. Araújo conta que o número de clandestinos seguia aumentando na época e, com isso, o grupo planejar mais ações em bancos, com o objetivo de pegar dinheiro para sustentar o pessoal.

- O Adhemar de Barros tinha o monopólio do jogo do bicho no Rio de Janeiro; não era só São Paulo. Tínhamos a informação de que o dinheiro do jogo do bicho era recolhido mensalmente e levado para a casa de Dona Ana Capriglione, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, e depois mandado para o exterior. Soubemos disso, fomos lá e pegamos o cofre. Naquela época tinha aproximadamente US$ 2 milhões - concluiu Araújo, que, em um dos trechos do depoimento, conta que tentou suicídio após ser preso e torturado.

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